Meninas nos exames que fiz acabei descobrindo que sou RH -O, e corri para internet para pesquisar sobre o assunto(isto antes de consultar e apresentar os exames para G.O)
Confesso que fiquei arrasada, pois só achava coisas negativas sobre o assunto, chorei, duvidei de minha capacidade de poder gerar um filho com o marido que é O+, emfim foi terrível.
Se você mulher tentante encontrou meu blog através de uma pesquisa sobre o assunto e está aí arrancando os cabelos desesperada como eu estava, calma, você está no lugar certo vou lhe explicar de forma simples e tranquilizadora que assim como eu , você também não tem com o que se preocupar.
Está mais calma? respira...
Então vamos para o que realmente importa, primeiro de tudo , isso não vai lhe causar dificuldades para engravidar, a unica diferença minha amiga é um exame chamado Coombs indireto, que muito provável você estará fazendo todo mês assim que descobrir uma gravidez, este exame serve para saber se seu bebe é + ou -, no caso de ser positivo é aplicada uma vacina no 7 mês de gestação e até 72h depois do parto.
Na hora do parto serve para prevenir que seu sistema imunológico crie anti corpos contra o RH+, para garantir uma segunda gestação se assim desejares.
Só a riscos no caso por exemplo:
A mulher é RH- e não sabe e teve um aborto(natural), ou sangramentos durante a gravides inicial, se ela não tomar a vacina aí sim pode gerar um problema pois vai criar anti corpos contra o RH+ e ter abortos toda vez que engravidar ou se gerar uma criança está pode apresentar problemas graves de saúde.
Se você nunca teve um aborto, ou fez transfusão de sangue, não tem motivos para te preocupar, se passou por tudo isso mas seu marido também é RH- não terá problemas.
O fator RH- só deve ser cuidado no caso da mulher negativo, no homem não há porque se preocupar.
No caso de você já ter anticorpos por conta de um aborto natural sem saber que era RH-, ainda tem esperança pois você pode optar por uma fertilização com um doador RH-.
Então se você acabou de pegar seus exames e constatou RH- e seu esposo é RH+ , nunca teve um aborto, nem transfusão, fica tranquila você pode engravidar, ter uma gestação saudável, sem riscos é só fazer o exame todo mês e tomar as injeções que está tudo certo, se seu bebe tiver RH- não é necessário nada disso.
Então amiga fica tranquila, nada de chorar se desesperar viu?, conheço vários casos de mulheres fator RH- que tem mais de 2 filhos, fizeram tudo certinho , em todas as gestações fizeram as vacinas, e tem filhos saudáveis assim como também tiveram gestações tranquilas sem susto.
Agora deixo aqui um texto mais "médico" mas super fácil de entender e ver que realmente não tem porque se preocupar, temer...
Texto retirado do site do Dr: Drausio Varella:
O agente Rh é uma proteína sanguínea que pode ou não estar presente no sangue humano. No primeiro caso, diz-se que a pessoa possui Rh (Rh positivo); no outro, Rh – (Rh negativo).
Eritroblastose fetal é uma doença hemolítica causada pela incompatibilidade do sistema Rh do sangue materno e fetal. Ela se manifesta, quando há incompatibilidade sanguínea referente ao Rh entre mãe e feto, ou seja, quando o fator Rh da mãe é negativo e o do feto, positivo. Quando isso acontece, durante a gestação, a mulher produz anticorpos anti-Rh para tentar destruir o agente Rh do feto, considerado “intruso”.
Uma vez produzidos, esses anticorpos permanecem na circulação da mãe. Caso ela volte a engravidar de um bebê com Rh positivo, os anticorpos produzidos na gravidez anterior destroem as hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) do feto. Para compensar essa perda, são fabricadas mais hemácias, que chegam imaturas ao sangue e recebem o nome de eritroblastos.
O primeiro filho, portanto, apresenta menos risco de desenvolver a doença do que os seguintes, porque a mãe Rh- ainda não foi sensibilizada pelos anticorpos anti-Rh. No entanto, na falta de tratamento, esses anticorpos produzidos na primeira gestação podem destruir as hemácias do sangue dos próximos fetos Rh .
Sintomas
A doença hemolítica por incompatibilidade de Rh varia de leve à grave. Os sintomas vão desde anemia e icterícia leves à deficiência mental, surdez, paralisia cerebral, edema generalizado, fígado e baço aumentados, icterícia, anemia graves e morte durante a gestação ou após o parto.
Recém-nascido portador da enfermidade tem uma cor amarelada, porque a hemoglobina das hemácias destruídas é convertida em bilirrubina pelo fígado e seu acúmulo provoca um quadro de icterícia na criança.
Diagnóstico
A pesquisa de anticorpos anti-Rh por meio do teste de Coombs indireto é o principal exame a ser realizado durante o pré-natal de mãe com Rh negativo cujo parceiro é Rh positivo, ou que tenha recebido uma transfusão de sangue inadequado. Esse exame deve ser repetido mensalmente para verificar a existência de anticorpos anti-Rh.
Em caso positivo, a mulher precisa tomar uma dose de 300 mg de gamaglobulina anti-Rh, um concentrado de anticorpos que combate os antígenos Rh. A aplicação deve ser feita por via intramuscular após 72 horas do parto do primeiro filho, após aborto espontâneo ou induzido ou gravidez ectópica.
Como os anticorpos da imunoglobulina destroem as células Rh positivas do feto, a mãe não produzirá anticorpos anti-Rh. Desse modo, na gestação seguinte, o feto não desenvolverá eritroblastose. Administrar outra dose de imunoglobulina na 28ª semana de gestação pode representar uma medida adicional de segurança.
Tratamento e prevenção
A prevenção é o melhor tratamento para a doença hemolítica por incompatibilidade de RH e deve começar antes mesmo de a mulher engravidar.
No entanto, se o bebê nascer com a doença, a primeira medida terapêutica é substituir seu sangue por meio de transfusão de sangue negativo, que não será destruído pelos anticorpos anti-Rh da mãe que passaram ao filho através da placenta. Como vivem cerca de três meses, as hemácias transferidas serão substituídas aos poucos pelas do bebê cujo fator Rh é positivo. Quando isso ocorrer por completo, não haverá mais anticorpos anti-Rh da mãe na circulação do filho.
Recomendações
* Toda mulher deve saber qual seu fator Rh e o do seu parceiro antes de engravidar;Tão logo seja confirmada a gravidez, mulher Rh negativo com parceiro Rh positivo deve realizar o exame de Coombs indireto para detectar a presença de anticorpos anti-Rh no sangue;
* Após 72 horas do parto do primeiro filho, nos casos de incompatibilidade sanguínea por fator RH, a mulher deve tomar gamaglobulina injetável para que os anticorpos anti-Rh sejam destruídos.
* Desse modo, os anticorpos presentes em seu sangue não destruirão o sangue do próximo filho.
Fonte:
http://drauziovarella.com.br/mulher-2/gravidez/incompatibilidade-sanguinea/
Então se você chegou aqui desesperada com medo, espero ter lhe ajudado, pois eu fiquei louca procurando um blog que contasse como é ser uma tentante RH- e não encontrei, então resolvi escrever aqui no meu cantinho, de forma especial e simples para meninas que assim como eu estavam nervosas e tristes por algo tão pequeno(fiquei até com vergonha, confesso... muitas tentantes com SOP, endometriose firmes e fortes e eu surtando por algo tão pequeno que não chega nem a ser dito um problema... )
Espero que você aí do outro lado da telinha esteja mais serena e calma, viu? não é o monstro que você pintava :-)
OBS: Na consulta com a G.0 que foi hoje perguntei sobre isso ela me tranquilizou muito, até ficou surpresa por eu ter me preocupado com algo assim, falou que é só tomar as injeções e poderei engravidar quantas vezes quiser que fator RH- não seria impedimento algum se tomasse as devidas precauções.
Meninas mais um ponto para os exames pré concepcionais que as vezes eu julgava desnecessário rs paguei com a língua, imagina se eu tivesse virado tentante antes e por uma lástima tivesse sofrido um aborto? provavelmente não teria tomado a injeção pois nem saberia se era fator RH + ou-, e um problema pequenino iria se transformar em um bem grandão.... fica a dica: "Melhor prevenir do que remediar"
Uma ótima semana a todas, um grande abraço!